segunda-feira, 4 de abril de 2011

Minto, logo sobrevivo.

Qual é a verdade a que estamos sujeitos?
Qual a verdadeira verdade a que estamos imersos?
No mudo, fundo e obscuro ingresso
Do misterioso e universal preceito
Que temos total certeza que nos afeta
E afetando nos afastamos
Assustadiços, envergonhados, submissos...
A qual verdade estamos incluidos?
Todos nós, sem nenhuma falta, nenhuma excessão...
A fuga é a verdadeira mentira...
A mentira é a verdade nos dias atuais...
O esforço se transformou no domínio das coisas banais...
E a banalidade não precisa de nenhum esforço...
Nos dias atuais ela é a regra...
E a excessão é a Lei.
E essa mesma Lei é inexorável...
Universal pois afeta a todos...
Há os que fogem na máscara da independência...
Prorrogando o inevitável...
E o inevitável é evitável de todas as maneiras...
Em vão.
E em vão vamos pondo a falsa vontade...
Em vão pensamos que podemos muito...
Em vão achamos que temos o poder sobre...
Um absurdo...
Um orgasmo egoístico de fundo...
E a pretensão como medida certa.
E certamente não mede nada...
E como medir se nem sabemos usar a régua?
E a Verdade impera, sempre...
Fortemente nos corações bons...
Avassalodaramente nos ignorantes...
Nos bêbados de si mesmos...
Nos fantoches alheios a sua verdadeira vontade...
E nos que mesclam perfeitamente o seu orgulho
E a sua vaidade...
Criando assim a indiferença e a fatalidade...
Da mentira da verdade de hoje em dia...
E da verdadeira mentira de todos os dias...


Felipe Ribeiro.