quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Desculpem por isso. (parte 1)

Tenho cada vez menos tempo para escrever aqui, portanto tenho cada vez menos inspiração para escrever algo que realmente vale a pena ser escrito; o que não quer dizer que tudo que eu escrevi até aqui seja lá muito relevante para a humanidade. Portanto devo escrever que ultimamente me sinto cada vez menos eu. O que é engraçado porque a maior parte da minha vida tentei de fato descobrir quem sou eu para mim mesmo e agora que eu já me cansei de me procurar descubro que não estou sendo o que eu costumava ser e portanto estou sendo cada vez menos eu. É estranho discernir alguma coisa pela sua falta, mas é exatamente isso que acontece com os que de fato não são atentos para com as coisas mais essencias em si próprios. É estranho notar essa falta e como ela se faz presente. É como uma inércia, é como um motor quente que para de rodar mas que ainda esta estalando de quente. É como uma ventania, uma gigantesca tempestade que vai se acabando aos poucos... Bom, e o que é que eu quero dizer com isso afinal de contas? Não tenho a mínima idéia. Acho que estou escrevendo por tédio. E se alguém chegou até aqui nessa leitura significa que está mais entediado do que eu mesmo. Queria escrever um poema... Mas não consegui. Queria escrever um texto profundo, filosófico, uma anedota, alguma coisa com vida o suficiente para dilatar a pupila de alguém... Queria apenas escrever. E saiu isso. Desculpem por isso.


Felipe Ribeiro

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