segunda-feira, 8 de abril de 2013

As linhas.

Por onde começa?
Por onde termina?
O fio que liga tudo
A todos?
Termina?
Começa?
Não se sabe.
Mas está ai, em toda parte.
Emaranhado, suave.
Está ai, aqui, ali, lá...
Ligando eu a você.
Você a mim.
Eu a todos.
Todos a você.
Todos a todos.
Amém.
O que não se liga?
Não, não existe.
Tudo faz parte do mesmo caminho.
O caminho existe.
Através dele acompanhamos o tudo.
Em embates frenéticos
De medos
Receios
Lucros
De  lutos.
Acompanhamos ele
Com embates suaves
De coragem
Certezas
Solidariedades
De nascimentos.
Essa mistura maluca, confusa.
Que nos obriga a enfrentar
Os nós, os laços,
Dos fios que nos ligam
E que nos afastam.
Mas que nunca nos desconecta.
Nunca nos rompe.
E é por esses fios
Que nós nos montamos.
Remontamos, soberbos.
Nessa feitura maluca e confusa
Tudo esta em todos
Todos estão em tudo
Todos estão em todos
Sem sabermos.


Felipe Ribeiro.

Um comentário:

Velharia disse...

exato meu parça, poema exato, muito bom