Assim como o paradoxo esbofeteia a lógica
Eu tento fazer o mesmo com a falsa moral
Aquela que cada um de nós carrega
E que deixa a mostra
Sem o menor pudor ou consciência.
Mas o que me impressiona mais
É que não consigo mais me impressionar.
Não que eu queira achar alguém de alma completamente pura
Não que eu queira achar um santo
Ou um demônio completo.
Mas ao menos um humilde...
Ao menos um sincero...
Ao menos um descontente com algo real.
Não simplesmente com fantasmas insanos.
O que eu encontro no caminho são pequenos deuses
Pequenos deuses...
Todo poderosos em sua arrogância
Todo poderosos em sua busca insana
Em seu auto engano constante
De dissimular aquele tirano moral
Que come a carne, a vida, a espinha dorsal
De quem quer que entre em seu caminho.
Projetos de moralidade
E futilidade plenas.
Matam sem ao menos saberem disso
Cospem fora o sumo que não lhes convém.
E assim caminham entre nós, a maioria.
Um panteão de ignorantes.
Felipe Ribeiro
terça-feira, 21 de julho de 2009
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Um comentário:
Exato!
Putz Frank... vc disse tudo o que penso. E o pior é eu ser mais uma desses pequenos deuses, mas sabe? Essa futulidade, vulgaridade, arrogância, enfim, esses detalhes que tantos nos importam, ao não nos importar mais, nos deixam loucos, não? Bem.. a mim sim.
Mais uma vez teu texto está grande, brilhante!
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