quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A onda.

Há pessoas que são como pedras jogadas em água parada e espelhada.
Chegam fazendo ondas enormes que desfiguram qualquer limpidez, qualquer claridade.
Qualquer certeza, qualquer vaidade.
Trazem consigo o caos, e com isso a graça.
Ao todo cinza da banalidade.
Ao entorno que deixou de refletir.
São expoentes da loucura, do tapa na cara.
Da falácia tão necessária.
Em tempos de certeza ingrata.
De nobreza inútil.
De torpeza polida e fútil.
O mundo as criam como as árvores criam as folhas.
Mas só vemos essas pessoas quando se deixam cair.
Quando se deixam fazer notar.
Seja num sorriso, num insano olhar.
Destemperado pela felicidade pura, simples, burra.
São essas pessoas que te fazem flutuar.
Que temperam a vida com o despudor.
E com isso te faz sonhar.
Sonhar com outras possibilidades.
Libertar da mesma falsidade.
Assombrar com a verdade.
Pura e ingenua verdade.
Essa tão presente necessidade.
Dos corações mais aflitos por paz.

Felipe Ribeiro

Um comentário:

Ana Lívia disse...

Por motivos assim, as pessoas me assustam!