sexta-feira, 17 de abril de 2009

Ao que clamo!

Olhe então para o seu lado.
O que não lhe é permitido.
Procure imaginar apenas o que não está.
E verás o infinito.
Talvez quem sabe vislumbraria um pouco.
Das barbas do gênio.
Das lágrimas do louco.
Do conflito e do tormento.
Mas para tanto teria que sofrer.
Com a dor e o ressentimento.
Para que tanto nisso pudesse crer.
No mundo dos firmamentos.
Pareceria loucura se não fosse invisivel.
Mas a loucura está em pensar demais.
E sentir de menos.
E quanto mais gosto eu sinto.
Mais afogado eu me encontro.
Nos gestos, nas luzes...
No estrondo.
E, senão vejamos...
Partilhamos da banalidade.
E por ela nos esqueçamos...
Do quão frutífero é a vontade.
De querer, no mínimo querer...
De se ter o mínimo.
E sonhar com no máximo o impossível.
Naufragar no veio, cuspir o sal.
Partir da ausência.
E buscar o essencial.
No caos do improvável...
Ter o sonho dos bravos.
Que não somente buscam.
Mas tornam-se real.
Aquilo que não pode...
Aquilo que não pode...
Por que não poderia?
Qual a regra, a mais valia?
Por que não pode?
Qual o medo que explode?
Qual o medo que lhe implode?
Qual o fantasma que o sacode?
Qual o chicote que te orienta?
E que direciona todos os seus movimentos?
Buscai aquilo que te alimenta!
E não o porque do seu sofrimento.


Felipe Ribeiro

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