Deixa subir a ilusão.
Penetrar o estrondo da esperança.
O delírio da paz, o entrar da confiança.
O transbordar da emoção.
Deixa aliviar o ego do peso de si mesmo.
Deitar os sonhos num berço de satisfação,
E esquecer por um instante do mundo, da vida, do tudo...
Em nome do ser sendo, do coração.
Do apelo já rouco, frouxo, murcho.
De anos de pedido de socorro.
Do convite insano ao absurdo.
Deixa e deleite-se.
E irá sentir o imenso vazio.
O profundo silêncio da alma.
E é ai, no ápice onde o terreno é baldio
Que começarás enfim a cultivar a sua descida.
O seu pouso, o seu findar;
O porque dos seus pés andarem e pisarem sobre a terra.
E é ai que serás poderoso,
Verdadeiramente poderoso para si,
Para o mundo, para mim e para a fera...
Que aguarda ansiosamente para te devorar.
E que por muito tempo houve apenas medo e derrota...
Dúvida e paralisia...
Hoje tenha apenas a certeza da vitória...
Mesmo que ainda o seja fantasia.
Mesmo que ainda o seja fantasia.
Felipe Ribeiro
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
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