domingo, 21 de junho de 2009

Aos que voam.

Há pessoas que tem mais vida do que as outras...
São mais leves que o ar...
Mais brilhantes que um raio...
Tão quentes como fogo...
São cintilantes, pequenas estrelas na Terra.
Dançam como uma pluma perdida ao vento...
Não se cansam de encantar...
Há pessoas que salvam o mundo sem ao menos o sabe-lo.
Há pessoas que salvam a si mesmas sem querer.
Vivem apenas todas as intensidades que lhe são permitidas...
Dançam com a vida...
Riem da morte que espera a sua vez de dançar.
São indiferentes a tristeza
Porque o tempo não deve ser preenchido com lamentações.
São pessoas essenciais...
Porque são belas
Porque são arte
Porque são amor
Porque são força
Porque são vida
Porque são leveza
Porque são alegria
Porque são gentileza
Porque são compaixão
Porque são luz...
Luz na escuridão.
Do tédio supremo
Do sim elas são o não.
E do não elas são o sim.
São flechas, pedras.
São a perfuração, o rasgo.
São as que ferem com a maciez
Do toque da magia vital.

Felipe Ribeiro

Um comentário:

Dinah Faria disse...

Não há pq haver dicotomias, antagonismos e etc. Cada um é um... não precisamos de polarização, nós apenas a criamos como se tudo fosse puramente oposição. Ainda assim, admiro seu poema (mesmo não concordando). Parabéns Frank.