sexta-feira, 7 de agosto de 2009

As garras da gata.

Não se escuta os passos, mas sabe que esta ali
Do lado, caminhando, serena
Reservadamente fiel a si
Mas esperançosa por ser a outrem.
É em outro que ela afia as garras
É em outro que pode mostrar a graça
De saber ser forte e leve
Como a navalha.
Graciosa em sua pequenez
Espantosa em sua astucia
Vive a vida com fluidez
Para soltar a sua fúria.
E é nela que sobrevive o seu amor
É nela que ela mesma acha o seu melhor
E é nela que ela cria o seu valor
Seu valor que a livra do seu pior...
Enquanto isso suas garras estão escondidas
Esperando o momento para cortar com frieza
Para abrir espaço a suas causas perdidas
E tratar a vida com mais leveza...


Felipe Ribeiro

Nenhum comentário: