Como se fosse um caminhão...
O rapaz sentiu que algo lhe trombava...
Empurando-o para a completa escuridão,
Das coisas mortas que lhe assombrava...
Prostrado ficou na cama
A esperar a calmaria
Suas dúvidas o queimavam como chama
E, cansado, por nada mais esperaria...
Começava a ficar insuportavel
Aquela sensação de sufocamento
Levantou-se, ligou o rádio...
Uma música para seu alento...
Na estação ouviu-se
Três e quinze da madrugada
Em seu coração sentiu-se
Como a uma presa em disparada
Ofegando, suando, se desmembrando
A razão ia se despedindo...
Logo o grito veio em pranto...
Era a vida lhe impedindo...
Impedia-lhe o controlar,
A sua vontade e o que tinha de ser feito...
Ele se sentiu a levitar...
Por entre o certo e o medo...
Fechou os olhos em lágrimas...
Desejou ser indiferente...
Assim como todos os párias...
Que compunham aquela gente.
Desejou enfim, desejar...
O banal
E ousou querer amar...
O que não o tornava como tal.
A responsabilidade tem seu preço,
E ele não estava preparado
Sentiu enfim desaparecer o peso
Pelo simples fugir ao Ato.
Afinal, é o que todos fazemos
Ele comodamente concluiu...
E o mundo continuou querendo
Quem por certo não admitiu...
Felipe Ribeiro
domingo, 1 de fevereiro de 2009
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Um comentário:
Oi Poeta!
Você ganhou um selo... Olha que Blog Maneiro!
Dá uma conferida no meu blog que seu nome está lá... !
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