domingo, 3 de maio de 2009

Da nossa misera Alma.

Aqueles que vivem a sua dor...
Podem vive-la muito bem...
Se souberem o que fazer com ela;
Se souberem se comportar com ela, apesar dela.
Essa seria a solução dos nossos problemas, talvez...
Mas isso pode, com toda a certeza, trazer novos problemas...
Mas, porra...
A vida é isso...
Só somos porque somos.
Sempre ha uma maldita dor.
E isso é porque somos eternos insatisfeitos.
E o somos porque somos eternos gananciosos...
A vida depende muito de como a fazemos.
Apesar de saber bem que não temos controle nenhum sobre as consequencias.
Mas, quem sabe, sobre as escolhas?
Bom, ai se encontra outro problema...
Sempre nos esquecemos que toda escolha tem uma consequencia.
E isso nunca podemos prever...
Ora, porra, se pudessemos preve-la nunca sairiamos do lugar.
Porque a gente simplesmente age, sem pensar na maioria das vezes...
Movidos sempre pelas possibilidades, seja lá qual for.
E o mais desesperado de todos é o que joga pra acertar, querendo acertar.
Significa que quer o poder.
E a gente não tem isso...
É uma ilusão e geralmente a gente sabe disso...
Porque a gente logo perde o tesão da coisa...
E procura mudar.
Dae vira vício.
Como num maldito jogo.
A vida é um grande jogo.
Quem ganha?
Quem simplesmente é limitado.
Por saber exatamente o que quer.
A vida pra esses é simples.
Opaca.
E possivel.
A felicidade é o consolo deles...
E a perdição dos que não tem limites.
Essa mesma felicidade que queremos sem contar os custos.
Instantanea, ahistórica...
Nunca contamos os custos dela, talvez porque nos deixaria infelizes.
Vivemos desperdiçando...
O melhor e o pior de nós mesmos.
A preço de miragem...
De gozo.
De falsidade.
É por isso que gostamos de não gostar...
Gostamos de reclamar...
Gostamos de gastar nosso gosto...
Eternamente em erros...
Em descrenças que são alimentadas com toda a fé
Da crença necessária para fortalecer a nossa dor...
E esconde-la de mais ninguém...
Porque só cabe a nós sentirmos isso...
A falta eterna...
Do vazio cheio de si.
Da conformidade com a velha e inseparavel...
Miséria.


Felipe Ribeiro

3 comentários:

Felipe, o Barba disse...

curti cara.

Nathália Jacob disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Nathália Jacob disse...

Rastejo pelo vales podres de meus sonhos
Pesada, cansada e corcunda pelas dores e lembranças daquela desgraça que condena os humanos a sentirem o peso de agir além do óbvio sentido animalesco.
Anjo da morte, quando irá tirar de mim tal maldição?
Quando entregará minha Alma a Deus?
Será?

Não sei ...
Enquanto isso lamento como vc Frank a existência desse miserável fardo.