Cabo sem faca
Funda sem pedra
Arma sem bala...
Tocaia sem vitima...
Um belo exemplo de idiotia
Um belo Bundão!
Uma puta apaixonada
Espera pelo trem no ponto de onibus...
Regar a areia...
Enquanto o que há resseca...
Ao sol da indiferença, ao sol da solidão...
Doar, só isso que quero...
Doar essa coisa insustentável...
Fedida, que apodrece aos poucos...
De inanição...
Doar para não me livrar de vez!
Seria minha condenação acabar com isso
Que acaba por fim comigo
Que se exauri aos poucos,
Aos prantos.
Em meu peito, em meu ser,
Em meu coração.
E no final das contas sobrará a pedra...
Dura,
Pesada...
Imóvel...
Morta porque não vive...
Mas viva porque é morta...
Vivendo da morte...
Morrendo de vida...
Se enchendo de nada...
Se tornando tudo de todo...
Enfim, só!
Felipe Ribeiro
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
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4 comentários:
Frank... vc ganhou dois selos lá no meu blog. Vai lá.. tah na postagem do seu poema. Até mais.
Nossa, escreve muito bem... parabens!
Adorei o post
A agressividade dói e emociona de tal forma que vê-se beleza nas palavras.
Parabéns é pouco.
Continue enterrando nas palavras a dor de respirar a cada dia.
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