Como ousa a saudade me atormentar?
Se tudo aquilo que vivi não fiz amar...
Se tudo aquilo que vivi tende a durar
O momento do simples calar...
Do escorrer das lágrimas mortas
Por quem não tem mais a quem chorar
Da fiel angustia insólita
Que tende mais e mais a aumentar...
Da janela do sétimo andar...
Vi crianças passeando na rua
A sorrir, a brincar...
Do meu lado a chorar...
Vi aquela mulher nua
A gritar e soluçar...
Palavras frias e duras a cortar
Toda a minha perspectiva de me livrar...
Me livrar do asco sempre presente
Do meu louvor ausente...
No meu louvor ausente...
Para meu louvor ausente...
Ausente de dono
Ausente de ser
Cheio de "comos"
Vazio de "porques"
Ausente.
Felipe Ribeiro
domingo, 4 de janeiro de 2009
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