Ora, se não vejamos... Havia aquele cara completamente tapado, que não se dava ao luxo de tentar procurar por alguma companhia mais agradável do que sua própria mão e que, movido por um impulso de sobrevivencia da espécie, tomou uma medida drástica: Colocou seu nome e telefone em todos os banheiros femininos dos bares que conhecia, o que não era pouco...Não que ele fosse timido, longe disso, ele apenas não sabia lidar com isso que chamam de romance, flerte, delicadeza.. Fora isso, mais nenhuma atitude produtiva visando a reprodução de parte de uma possivel masculinidade ou respeito que ele por acaso poderia ainda ter por si mesmo. Passaram-se os dias e aquele sentimento de expectativa dava lugar a um sentimento frustrado de que nada daria mais certo, o que, de fato, ele já esperava antes mesmo de escrever seu nome e telefone no primeiro banheiro feminino na esperança de que alguma carente, alguma desmiolada ou quem sabe uma moça legal porventura anota-se e porventura liga-se para o numero e, porventura, conversassem um pouco e quem sabe, porventura, trepassem um ou dois dias depois...
Então, dois meses depois houve uma ligação desconhecida em seu celular. Ele atendeu e se ouviu uma voz feminina e meio que ofegante do outro lado... A voz era bonita, suave...
-Alô!?
-Alô, é do telefone do Sérgio?
-Não...
-Desculpe, foi engano...
-Tudo bem, eu...
TUTUTUTUTUTUTUTU...
Enfim... a luz aparece as vezes só pra ofuscar mais os olhos dos que estão perdidos na escuridão. Enquanto isso, a gente se vira como pode, como se deve, e como se é permitdo a si mesmo se virar...
Felipe Ribeiro
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
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Um comentário:
Tinha que ser uma foz ofegante? rs rs rs...
Belo exemplo de um trecho passível de ser real! E adoro somente os passíveis de assim o serem!
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