Recebi um abraço de uma mulher hoje como há muito não recebia.
Um abraço forte, que me queria e que me pressionava ao ponto da quase fusão.
Um abraço potente que estralou minhas costelas
E ao mesmo tempo fez supitar algo que estava depositado fundo e esquecido.
Algo que só um abraço forte poderia pressionar para fazer vir à tona.
O resto de minha alma jorrou de meus olhos hoje.
O resto de minha alma respirou os ares insalubres do real.
O resto de minha alma...
Veio à tona como um grito mudo, inaudivel e choroso.
Uma súplica de contato.
Um chamamento do instinto.
Um vislumbre do provável.
Um querer ser visto.
O resto de minha alma voltou a ver o mundo.
Como o último resto de uma pasta de dentes que sai do tubo seco.
Sai apenas... Como um acidente, cai no chão.
Mas sem parar na escova de dentes e na boca de quem espremeu.
Fica lá, secando no tempo, formando uma crosta até perder a utilidade.
Endurece e deixa pra tras o tubo seco.
Dai para o lixo, é um pulo.
Felipe Ribeiro
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
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