terça-feira, 26 de agosto de 2008

Sangue de barata

Aqueles rostos prestes a atacar o interlocutor...
Aqueles rostos desacreditados, desequilibrados...
Aqueles rostos inflamados por algo novo...
Aqueles rostos que queriam segurar o poder...
Aqueles rostos...
Não me parecia nada além de umas simples palavras...
Porém, não pude deixar de notar na loucura ali emanada...
A loucura dos famintos...
Dos ávidos...
Dos inescrupulosamente gananciosos...
Inquisidores da culpa...
Queriam culpar o mundo...
Enquanto a si mesmos caberiam apenas balanços afirmativos...
Automáticos...
Compassados...
Sincronizados...
De cabeças ocas...
Que alienaram seu direito natural de pensar...
Em nome da especialidade alheia...
Da falácia sempre presente
Do pregador perfeito...
Da máquina de produzir conversa fiada..
Em embrulhos pedanticos...
Fica dificil entender assim as pessoas e o que elas realmente querem...
Quanto a mim, só queria sair dali.
E tomar uma cerveja...
E quem sabe pensar um pouco na vida...
E quem sabe planejar um pouco meu futuro...
Ou, quem sabe...
Nada disso tudo.




Felipe Ribeiro.

Um comentário:

Morgan Le Fay disse...

"Cérebro de barata"

Bom texto!